terça-feira, 19 de julho de 2011

6º Congresso Mundial da IE tem início na África do Sul

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A primeira atividade pré-congresso foi a Reunião sobre as Desigualdades de Gênero: o caminho a seguir pelos direitos dos/as trabalhadores/as LGBT. Este é o maior encontro de sindicatos globais sobre a temática e o primeiro realizado na África.

A África do Sul tem uma das sociedades mais desiguais. 80% de sua população vive com 4 dólares ao mês. O orçamento para a educação pública é muito pouco. Não há orçamento para programas de artes, músicas, esportes nem literatura. 90% das escolas públicas não oferecem bibliotecas e os docentes não recebem pelo trabalho exercido fora de sala de aula com o preparo das aulas. A maioria dos centros educativos não garante segurança nem integridade para estudantes de ambos os sexos e de diferentes orientações sexuais. O caminho para o banheiro é um caminho arriscado com a exposição ao estupro, espancamentos e assassinatos. Dentro e fora das escolas existe uma forte xenofobia contra refugiados de outros países do continente africano.

Participaram do evento Bob Chase, Copresidente do Comitê Mundial LGBT, Junéia Batista, Copresidenta do ISP, Fred Van Leeuwen, Secretário geral da IE e Peter Waldorff, secretario geral da ISP.

Fred van Leuween,  secretário geral, abriu o fórum desejando feliz aniversario a Modiva (nome carinhoso dado a Nelson Mandela pelo povo sulafricano) que completou 93 anos nesta segunda-feira, 18. Ele destacou as conquistas dos direitos para a comunidade LGBT. Entre eles, reconheceu os esforços dos países como a África do Sul e o Brasil, cujas constituições reconhecem plenos direitos. Igualmente reconheceu o trabalho das organizações sindicais, ressaltando as afiliadas da América Latina que têm dado um forte impulso às diretrizes da IE sobre os direitos LGBT. Mas lembrou que, apesar dos marcos jurídicos protegerem as pessoas da discriminação por sua orientação sexual, persistem os atos de violência, perseguição e agressão. Para ele, nossos sindicatos ainda têm grandes desafios para alcançar o fortalecimento da educação pública livre de discriminação e segura para todas as crianças e docentes. Para isso, é necessário sindicatos sem práticas homo e lesbofóbicas.

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Uma das tarefas mais importantes é justamente como levar este debate ao centro das organizações sindicais e alcançar, neste debate, uma mudança de perspectiva que nos permita promover e propor mudanças nas políticas educativas. Também teremos o desafio de processar políticas públicas que garantam trabalhos dignos para todas as pessoas, a fim de não condenar à pobreza e ao desemprego as minorias sexuais. 

Programa EPT AIDS – Hoje, 19, a secretária de Relações Internacionais da CNTE, Fátima Silva, participará do painel “Construindo uma Plataforma comum para os direitos humanos LGBT”. A professora irá destacar o programa EPT AIDS e os trabalhos realizados pelos sindicatos dentro deste programa no Brasil.

Outras reuniões previstas durante o Congresso Mundial:

20/07 - Reunião sobre os povos indígenas
20/07 – Reunião sobre educação superior
21/07 – reunião sobre igualdade e participação das mulheres (CNTE, com informações da IE)

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