sexta-feira, 23 de março de 2012

MEC abre inscrições para graduação gratuita a professores


Professores em exercício na rede pública de educação básica podem fazer sua pré-inscrição para cursos de licenciatura presenciais até o dia 8 de abril. Segundo o Ministério da Educação (MEC), serão oferecidas 14.277 mil vagas para cursos que terão início no segundo semestre de 2012.
O programa é organizado e financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para atender os objetivos da Política Nacional de Formação dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. Segundo o MEC, o objetivo é garantir aos professores em exercício na rede pública a formação acadêmica exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), bem como promover a melhoria da qualidade da educação básica.
São oferecidos cursos de primeira licenciatura, para professores em exercício na rede pública da educação básica sem formação superior; de segunda licenciatura, para professores em exercício na rede pública da educação básica, em área distinta da sua formação inicial, e formação pedagógica, para professores graduados, mas não licenciados.
Os professores devem acessar a Plataforma Freire, sistema informatizado do MEC para gestão da formação docente, para obter mais informações.
As pré-inscrições deverão ser validadas, no período de 9 a 23 de abril, pela secretaria de educação estadual ou municipal à qual o professor em exercício estiver vinculado. A seleção das instituições acontece entre 24 de abril e 8 de maio.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Agora é oficial: Juiz bloqueia recursos do município de Peritoró

Diante de comentários vindos de inimigos da educação de que os pagamentos aos servidores de apoio não haviam sido feitos porque os sindicatos haviam solicitado o bloqueio dos recursos e que estava indisponível no banco do Brasil, informação essa irresponsável  e sem escrúpulos, levou as instituições representativas de classe (SINPROESEMMA, SINDSERPE  e STTR)  a irem na Promotoria e no Forum em Coroatá para averiguarem a veracidade dos fatos, quando nada tinha sido oficializado pelo juiz até quando ontem (21) em uma audiência e hoje (22) o Dr Francisco que também responde pela 1ª vara atendeu a solicitação do promotor Dr. Paulo Roberto para fazer o bloqueio dos recursos em vista da inadimplência do município referente ao pagamento dos servidores contratados e efetivos, como também o não pagamento dos servidores de apoio do mês de fevereiro do ano corrente, além de pendências junto aos fornecedores, locatários e comissionados.

O juiz da Comarca alegou não poder fazer o bloqueio dos recursos por prazo mais prolongado, mas que o fará caso ainda haja pendências da prefeitura junto aos beneficiários. O bloqueio então ficou dessa forma:
1. 60% do FPM - Fundo de Participação do Município;
2. 100% do FUNDEB - Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica;
3. 100% do FUS - Fundo Único de Saúde.

O período do bloqueio será de 30 de março até 10 de abril do ano corrente. O juiz também determinou que a prefeitura encaminhe a lista com a folha de pagamento de todos os servidores públicos municipais especificando a forma pela qual cada pessoa encontra-se vinculada à municipalidade, se efetivo, comissionado ou contratado de qualquer outra forma, especificando também quem se encontra com os salários/vencimentos atrasados e por quantos meses.

Em caso de descumprimento, a prefeitura será multada com uma multa diária de R$ 5.000,00. A prefeitura também será citada sobre a decisão e será expedido o ofício com a sentença para a gerente do Banco do Brasil a fim de executar a medida do bloqueio das verbas discriminadas.

Veja na íntegra a documentação da sentença judicial sobre o bloqueio dos recursos:

Frente sindical protocola documentos denunciando não cumprimento do acordo. Governo apresenta folha com valores suspeitos.

A frente sindical composta pelo SINPROESEMMA, SINDSERPE e STTR  de Peritoró protocolou ontem (21) na Promotoria e no Forum em Coroatá documentos comprobatórios do atraso nos vencimentos de servidores, fornecedores e locatários de imóveis e veículos.

Na oportunidade, os representantes tiveram uma rápida audiência com o Dr Francisco e Dr Paulo Roberto  a fim de apreciar a solicitação feita pela Promotoria, no que resultou na decisão do juiz em bloquear os recursos do município em vista das frequentes denúncias e pelo fato do governo não cumprir plenamente o acordo celebrado com as instituições sindicais. A decisão do juiz deverá sair ainda hoje (22) e será encaminhada ao governo e à sociedade. Os representantes estarão novamente no forum em Coroatá para acompanhar a decisão do juiz sobre o bloqueio dos recursos.

Ao final da audiência, o juiz apresentou a folha de pagamento que no entender dos representantes sindicais  é suspeita face aos valores que não são compatíveis com a função dos que estão relacionados na lista.

Veja abaixo os documentos apresentados pela prefeitura à justiça e que está sob suspeição pelos sindicatos:


































terça-feira, 20 de março de 2012

Governo promete gastar R$ 1,8 bilhão com programa para construir 20 mil escolas no campo


O governo federal lançou nesta terça-feira (20) o Pronacampo (Programa Nacional de Educação do Campo) para melhorar a formação dos professores, evitar o fechamento de escolas rurais, construir novas unidades e melhorar a estrutura das já existentes com fornecimento de internet e, em alguns casos, de energia elétrica e saneamento básico. Até o fim de sua gestão, a presidente Dilma Rousseff espera entregar 20 mil novas unidades desse tipo e estancar o fechamento de unidades que aconteceu os últimos anos.
Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o governo federal vai desembolsar R$ 1,8 billhão por ano até 2014, quando termina o atual mandato. As verbas sairão do orçamento e já serão utilizadas neste ano.

Hoje, aproximadamente 12% das matrículas no Brasil são feitas em 76 mil escolas rurais. Há 6,2 milhões de alunos que têm aulas com 342 mil professores. Desses docentes, apenas a metade tem ensino superior. "Esse programa vai ser garantia de oportunidades iguais para todos os jovens do país", afirmou a presidente. Por falta de estrutura e questões de urbanização de áreas rurais, 13.691 escolas do campo foram fechadas nos últimos cinco anos, segundo o Ministério da Educação.

Na infraestrutura, o governo espera reduzir o problema da falta de acesso à internet, que afeta 90% das escolas no campo. A expectativa é de construir 20 mil laboratórios tecnológicos para 10 mil escolas. Outros 15% não têm energia elétrica e 10,4% estão privados de água potável. Existem ainda 14,7% das escolas sem esgoto. Uma microrrede de transportes, com 8 mil ônibus, 2 mil lanchas e 180 mil bicicletas serão disponibilizados. O governo não informou quanto será investido no Pronacampo.

O MEC (Ministério da Educação) abrirá também 180 mil vagas de formação profissional para trabalhadores e jovens e 300 mil novas vagas para elevar a escolaridade associada à formação profissional. Haverá ainda 10 mil vagas para educação em tempo integral no campo e material específico para quilombolas e camponeses, o que permitirá uma educação mais completa e ligada ao meio rural, segundo o governo.

"Ao sermos capazes de articular uma formação diferenciada, estamos reconhecendo esta realidade multidiversa", afirmou Dilma. "Temos de ser capazes de respeitar [as diferenças] e refleti-las." A presidente elogiou o desempenho do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, no cargo há poucas semanas, e não citou nenhuma vez seu antecessor, Fernando Haddad, pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo e articulador inicial do programa.

"Este é um daqueles momentos em que a gente tem orgulho de ser presidente da República. Me gratifica poder como presidenta aplicar um programa que vai levar sobretudo à população jovem deste país um outro destino", disse a presidente.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Sindicato apresenta texto do estatuto aos educadores


A apresentação, aos educadores, da proposta do Estatuto do Educador, definida em consenso entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinproesemma) foi a pauta do último dia da greve nacional da educação no estado. Professores e funcionários de escola participaram do encontro realizado na última sexta-feira, 16, na Associação Comercial do Maranhão. Apenas a gratificação por atuação em área de risco foi questionada pelos educadores.
“A direção do sindicato representa milhares de trabalhadores no Maranhão, por isso, não queremos aprovar o texto fora dos interesses da categoria”, ressalta o presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro. O dirigente lembra que o texto do estatuto foi o resultado do esforço da direção estabelecido desde o 3º Congresso dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Contema).
O diretor de Formação do Sinproesemma, José Brussio, coordenou a leitura da atual proposta do estatuto do educador, principalmente os artigos que se referem a novos pontos incluídos no documento, que, após aprovação, representam grandes avanços. A primeira mudança é o título do documento, que inclui os funcionários da educação. “Antes se chamava Estatuto do Magistério, agora é Estatuto do Educador”, esclarece o diretor.
O texto Estatuto do Educador consagra a redução da jornada de trabalho, em 50%, por idade e tempo de serviço, para os educadores com 50 anos de idade e com 20 anos de trabalho. O governo queria retirar essa conquista já garantida no atual estatuto e conceder o benefício somente para os novos professores, mas o sindicato conseguiu manter o direito para todos.
Outros avanços no texto do novo estatuto referem-se às gratificações. Foi incluída uma gratificação de 40% para os profissionais que realizam atividades em áreas de alto risco, de altos índices de violência e outra de 15% para os que trabalham em locais de difícil acesso.
A gratificação por área de risco foi questionada por educadores. Trabalhadores da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) reivindicam a mesma gratificação dos professores que atuam no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A direção do Sinproesemma concorda com a equiparação salarial e vai rediscutir o assunto com o governo. “Achamos justo a equiparação das gratificações. Vamos rever este ponto”, afirma Júlio Pinheiro.

Não à redução do interstício

O sindicato submeteu à apreciação dos professores, durante a discussão sobre o estatuto, a proposta do governo em reduzir o interstício das diferenças salariais, da carreira dos educadores, de 5% para 4%. Na consulta, os trabalhadores reforçaram o posicionamento da direção do Sinproesemma, votando contra a redução do interstício.
A direção do sindicato considera a fixação de 5% uma conquista já garantida e a redução para 4% é um retrocesso na carreira do educador. A posição do sindicato, ratificada e legitimada pela categoria, na reunião desta sexta-feira, será levada ao conhecimento do governo para encerrar as discussões em torno do estatuto e acelerar o envio do documento à Assembleia Legislativa.
O texto completo do estatuto está disponível para download no site do Sinproesemma http://www.sinproesemma.org.br/2009/10/30/estatuto-do-educador-professor-e-funcionario-1896.htm

Um minuto de silêncio

Durante o encontro, os educadores homenagearam a professora Lourdes Fonseca, com um minuto de silêncio, pelo seu falecimento, ocorrido na manhã desta sexta-feira. A educadora fazia parte da direção do sindicato, ocupando a secretaria de Assuntos Educacionais. Desde o final do ano passado, Lourdes se afastou do Sinproesemma para fazer um tratamento contra o câncer de mama. Mas a doença venceu a combatente sindicalista, que deixou consternados todos os colegas da direção do sindicato. A educadora, que prestou muitos anos de serviço ao município de São Luís e ao Estado do Maranhão, era casada e deixou três filhos. O sepultamento foi neste sábado (17), às 10h, no Cemitério do Gavião.

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Professora Lourdes, no acampamento dos educadores, em frente à Seduc - Greve de 2011

sexta-feira, 16 de março de 2012

CNTE comemora sucesso da greve nacional‏


 


A greve nacional da Educação foi um sucesso. Durante três dias, professores e demais trabalhadores da área pararam suas atividades, para cobrar o cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério e dos compromissos assumidos pelos governadores e prefeitos com a categoria. O movimento envolveu as redes estaduais e municipais de ensino. Em alguns estados, como Pernambuco, mais de 85% das escolas pararam. Em muitos municípios Brasil afora a adesão foi quase total, caso de Curitiba, onde 95% dos educadores saíram às ruas para protestar.
“Foram três dias muito bons. Mostramos para os governadores e prefeitos que nós não aceitamos que eles simplesmente digam que não têm dinheiro para cumprir a Lei do Piso. Consideramos que eles precisam se esforçar para encontrar condições de saldar essa dívida. Precisam fazer melhor as contas dos seus estados e municípios, provar que gastam com a educação aquilo que é disposto na Constituição”, avalia o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão.
O dirigente da CNTE lembra que cumprir a Lei Nacional do Piso não significa apenas o pagamento da remuneração de acordo com o valor definido pelo Ministério da Educação (MEC). “É preciso que se tenha claro que a Lei do Piso não fala só do salário. Fala de jornada, de carreira. Esses são pontos importantíssimos que são descumpridos. Isso tudo precisa ser cumprido”.
De acordo com o presidente da CNTE, a próxima batalha dos trabalhadores da Educação é fazer uma campanha contra a votação, no Congresso, do projeto de lei que altera os critérios de reajuste do piso, colocando apenas o INPC como fator de correção. “Nós não aceitaremos isso. Aceitamos discutir sobre a questão, mas não vamos discutir nada que não seja valorização. Aliás, o próprio ministro Aluizio Mercadante já se manifestou a respeito e na sua fala ao Congresso Nacional ele disse que não dá para ser simplesmente o INPC o fator de reajuste do piso”, afirma.
Veja como foi a mobilização nacional pelo piso nos estados:
ALAGOAS - Trabalhadores em educação fazem ato em frente à Secretaria de Educação
http://www.cnte.org.br/index.php/giro-pelos-estados/366-al/9871-greve-nacional-sinteal-realiza-ato-na-semed
GOIÁS - Educadores estaduais em greve param BR-153                               
http://www.cnte.org.br/index.php/giro-pelos-estados/373-go/9890-educadores-estaduais-em-greve-param-br-153
MINAS GERAIS - Greve nacional em Minas tem adesão de 35% das escolas e, em Belo Horizonte, a adesão é de 56%                                   
http://www.cnte.org.br/index.php/giro-pelos-estados/375-mg/9877-greve-nacional-em-minas-tem-adesao-de-35-das-escolas-e-em-belo-horizonte-a-adesao-e-de-56
MATO GROSSO - Cresce mobilização das escolas públicas no interior de Mato Grosso
MATO GROSSO DO SUL - Carta entregue para Assomasul reivindica o cumprimento da Lei do Piso
PERNAMBUCO - Professor em greve fazem manifestação em Recife e na Região Metropolitana 
http://www.cnte.org.br/index.php/giro-pelos-estados/380-pe/9880-professor-em-greve-faz-novo-protesto-hoje
PIAUÍ - Trabalhadores mantém greve e farão protesto na segunda (19)
PARANÁ - Mais de sete mil foram às ruas em Curitiba, na paralisação em defesa da educação pública
RONDÔNIA - Trabalhadores em educação decidem na maioria das Regionais suspender a greve a partir de segunda-feira
http://www.cnte.org.br/index.php/giro-pelos-estados/385-ro/9894--trabalhadores-em-educacao-decidem-na-maioria-das-regionais-suspender-a-greve-a-partir-de-segunda-feira
RIO GRANDE DO SUL - Dia tem manifestação na SEC e ato público unificado em frente ao Palácio Piratini
http://www.cnte.org.br/index.php/giro-pelos-estados/387-rs/9895-dia-tem-manifestacao-na-sec-e-ato-publico-unificado-em-frente-ao-palacio-piratini
SANTA CATARINA - Assembleia Estadual dos Trabalhadores em Educação rejeita proposta do Governo
http://www.cnte.org.br/index.php/giro-pelos-estados/388-sc/9884-assembleia-estadual-dos-trabalhadores-em-educacao-rejeita-proposta-do-governo
SÃO PAULO - Profissionais de educação decidem manter luta por reivindicações e marcam próxima manifestação para 28 de março
http://www.cnte.org.br/index.php/giro-pelos-estados/390-sp/9883-profissionais-de-educacao-decidem-manter-luta-por-reivindicacoes-e-marcam-proxima-manifestacao-para-28-de-marco-

Morre a professora Lourdes Fonseca, diretora do Sinproesemma


A luta dos educadores públicos do Maranhão está de luto. Morreu hoje (dia 16 de março), vítima de um câncer de mama a 1ª secretária adjunto de Assuntos Educacionais doSINPROESEMMA, professora Lourdes Fonseca. Aos 52 anos, Lourdes era casada e mãe de três filhos. Era professora da redes estadual e municipal de esnino. O sepultamento da companheira será neste sábado (dia 17) às 10 horas no Cemitério do Gavião, no bairro da Madre Deus, em São Luís.
Apesar da professora Lourdes Fonseca travar a luta contra o câncer há alguns anos, o seu falecimento consternou a todos os integrantes da diretoria doSINPROESEMMA, que conviviam com ela cotidianamente nas várias frentes de luta da categoria e que consideram sua morte perda lamentável.
“A professora granjeou o respeito de toda a categoria ao dedicar-se de forma abnegada à luta que os educadores travam pela valorização profissional e por um ensino público de qualidade”, afirma o presidente do SINPROSEMMA, Júlio Pinheiro.
Lourdes Fonseca destacou-se como aluna do Procad (Programa de Capacitação de Docentes), realizado pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Ali, ela participou das lutas pela gratuidade do programa.
No SINPROESEMMA ela contribuiu, de forma firme, para a que a entidade retomasse o caminho da luta em defesa dos trabalhadores.
Em 2002, quando o SINPROESEMMA encabeçou a primeira campanha salarial, que resultou em três greves (2002, 2003 e 2004), a professora Lourdes Fonseca foi uma das mais destacadas na mobilização da categoria. Participou ativamente da greve do ano passado (FOTO ACIMA) e do mais recente encontro dos aposentados.
Mãe comprometida com a família, Lourdes Fonseca teve que superar muitos obstáculos para se firmar como uma liderança dos educadores. Destacava-se pela convicção com que defendia as ideias em que acreditava.
Dotada de espírito alegre, a professora Lourdes sempre estava presente nas confraternizações da categoria – carnaval (FOTO ABAIXO), São João, Festa do Educador. Em todos esses momentos esbanjava vida.
Representando oSINPROESEMMA, Lourdes integrou o Conselho Estadual da Merenda Escolar e o Comitê de Combate ao Trabalho Infantil.
“Sem dúvida, nossa categoria perdeu um combativa militante. Uma pessoa que se dedicava diuturnamente à classe. Ela fará muita falta”, avalia o diretor de Comunicação do SINPROESEMMA, Júlio Guterres, que em nome da diretoria externou os votos de pesar e de solidariedade à família da professora Lourdes Fonseca.







Campanha divulga posicionamento público em defesa da Lei do Piso‏



 
POSICIONAMENTO PÚBLICO 
Em defesa da Lei do Piso

Brasil, 15 de março de 2012.


O piso salarial dos professores, regulamentado pela Lei 11.738/2008, recebeu importante atenção da opinião pública e da sociedade brasileira nas últimas semanas. Diversas foram as notícias sobre o cumprimento ou descumprimento da lei por estados e municípios, especialmente após o reajuste do valor do piso para 2012, anunciado em 27 de fevereiro pelo Ministério da Educação (MEC). Aplicando a fórmula da Lei, o MEC concluiu – com grave atraso – que o valor do vencimento inicial dos professores é de R$ 1.451,00 (mil quatrocentos e cinquenta e um reais), retroativos a janeiro, para uma jornada de 40 horas.

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede composta por mais de 200 entidades distribuídas em todo o país, considera o cumprimento integral da Lei do Piso um imprescindível primeiro passo para a consagração do direito à educação pública de qualidade para todos os brasileiros e todas as brasileiras. Inclusive, no dia 13 de março, lançou em parceria com a ONG Ação Educativa, a publicação “A lei do piso salarial no STF: debates sobre a valorização do magistério e o direito à educação”, que narra e analisa a bem-sucedida atuação da rede, admitida como Amicus Curiae(Amiga da Corte), na defesa da constitucionalidade integral da Lei do Piso perante o STF (Supremo Tribunal Federal), diante do questionamento empreendido em 2008 pelos então governadores do Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Frente aos debates desencadeados após o anúncio do valor do piso para 2012 – reajustado em 22% – e, principalmente, diante da justa pauta de reivindicações que subsidia os três dias de mobilização nacional empreendida pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) nos dias 14/3 (ontem), 15/3 (hoje) e 16/3 (amanhã), a Campanha Nacional pelo Direito à Educação considera indispensável e irrevogável que:

1.                  Os governos dos estados, do Distrito Federal e dos municípios empreendam todo o esforço possível para o cumprimento integral da Lei do Piso, especialmente quanto ao respeito ao disposto no artigo 212 da Constituição Federal de 1988, que determina a vinculação de, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) da receita resultante de impostos – incluídas aquelas resultantes de transferências – em educação.

2.                  A União lidere a constituição da Mesa de Negociação composta por representantes do MEC, CNTE, Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) para viabilizar o cumprimento integral da Lei do Piso em todo o país. Após anunciar sua intenção em estabelecer prontamente esta Mesa de Negociação no encerramento da Conae (Conferência Nacional de Educação), ocorrido em 1º. de abril de 2010, nada mais foi feito pelo Poder Executivo Federal.

3.                  A União convoque e realize os encontros da Comissão Técnica estabelecida pela Portaria do MEC no. 213 de 2 de março de 2011, formada por representantes do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), CNTE, Undime e Consed. Após ser instituída, por força de resolução da “Comissão Intergovernamental de Financiamento para a Educação Básica de Qualidade” do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação), esse grupo de trabalho nunca se reuniu, vencido o período de um ano. Sem o trabalho efetivo dessa Comissão Técnica nenhum município ou estado pode pleitear os recursos da complementação da União para o cumprimento do valor do piso. Desse modo, portanto, a Portaria tem se configurado como uma mera carta de intenção.
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação entende que a valorização docente exige, obrigatoriamente, o comprometimento dos governos estaduais, distrital e municipais. Contudo, verifica que o injusto sistema tributário e fiscal brasileiro, entre outros fenômenos perversos, permite que a União seja o ente federado que arrecada mais e, contraditoriamente, invista menos em políticas sociais. Detentora de 57,1% dos recursos disponíveis arrecadados, no caso das políticas educacionais, segundo dados do Inep (Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, vinculado ao MEC), a cada R$ 1,00 (um real) gasto com educação no Brasil em 2009, o Governo Federal dispendeu apenas R$ 0,20 (vinte centavos), contra R$ 0,41 (quarenta e um centavos) dos estados e Distrito Federal e R$ 0,39 (trinta e nove centavos) dos municípios.

Por ter raízes na escola pública e por reconhecer a centralidade da valorização docente para a qualidade da educação, a rede da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, após participar da aprovação da Lei do Piso no Congresso Nacional e colaborar com a CNTE na defesa de sua constitucionalidade perante o STF (Supremo Tribunal Federal), entende que o desafio agora é a sua implementação.

As gritantes desigualdades regionais brasileiras e o injusto sistema arrecadatório vigente no país torna imprescindível uma participação decisiva do Governo Federal no financiamento da educação básica. Inclusive, isso deve ocorrer em respeito às disposições do artigo 211 da Constituição Federal, que trata do Regime de Colaboração e estabelece que cabe à União assistir técnica e financeiramente estados e municípios.

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação não tergiversa quanto à defesa integral da Lei do Piso. Para as mais de 200 entidades que compõe sua rede, o cumprimento desta e de todas as demais peças jurídicas e normas educacionais deve ser tratado como máxima prioridade, mobilizando consequentemente todo o Estado brasileiro, o conjunto de seus poderes, níveis de governo e instituições. Por outro lado, a vigilância em busca da consagração plena do direito constitucional à educação pública de qualidade é uma responsabilidade de toda a sociedade brasileira, de cada cidadã e cidadão. E é, por isso, que participação democrática e o controle social são princípios inalienáveis, fundantes e incondicionais de cada organização e ativista que constrói e compõe cotidianamente a rede Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Comitê Diretivo – Campanha Nacional pelo Direito à Educação:
Ação Educativa
ActionAid Brasil
Cedeca - CE (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará)
Centro de Cultura Luiz Freire
CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente
Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil)
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
Uncme (União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação)
Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação)


Jéssica Moreira
Estagiária de Comunicação Social
Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Rua Mourato Coelho, 393 Conj. 04
CEP 05417-010 - São Paulo - SP
PNE pra Valer!

Trabalhadores lotam audiência pública e só um vereador comparece


Com a energia cortada na prefeitura e Câmara os trabalhadores do município de Peritoró lotaram o auditório do SINPROESEMMA no bairro Novo Horizonte para participarem da audiência pública promovida em conjunto com os sindicatos SINPROESEMMA,  SINDSERPE E STTR.

Todos os vereadores e os secretários de Educação e Infra-estrutura foram convidados mas apenas o vereador Henrique Jansen, presidente da Comissão de Educação da Câmara que, mesmo atrasado em virtude de viagem compareceu e ouviu os reclamos dos que discursaram e respondeu a todos no uso da palavra.

A pauta discutida foi o não cumprimento do acordo celebrado entre os sindicatos e governo como os atrasos de salários, aluguéis de carros, prédios e condições de trabalho das escolas com falta do transporte escolar e merenda.

Os representantes dos sindicatos enfatizaram a ação movida junto ao Ministério Público ao que foi dado procedencia de solicitação junto àjustiça para se tomarem as providências no intuito de cobrar do governo  o cumprimento do dever junto aos trabalhadores. Os mesmos receberam orientações para reforçar as denúncias e somar nos autos do processo movido pelo Dr Paulo Roberto, como cheques borrachudos e atrasos nos vencimentos com até sete meses. 

Veja abaixo fotos da audiência no segundo dia da GREVE NACIONAL: