quinta-feira, 8 de março de 2012

UBM: Mais Poder Político para as Mulheres


No Dia Internacional da Mulher (8 de Março), a União Brasileira de Mulheres (UBM) relembra os 80 anos da conquista pelo direito ao voto feminino. Esse é um dos destaques do manifesto da entidade. Tendo em vista que as transformações sociais, políticas e econômicas em curso no Brasil, passam, necessariamente, pela efetiva participação e ampliação do poder político das mulheres, as coordenações estaduais do movimento realizam atos públicos em diversas cidades do país.

As mulheres e o projeto nacional de desenvolvimento

Para a coordenadora geral da UBM, Elza Campos, as atividades das coordenações estaduais neste mês são de extrema importância para os diferentes movimentos feministas e de mulheres, pois servem para dar visibilidade a uma série de problemas enfrentados cotidianamente pelas mulheres de vários segmentos. Por outro lado, é um momento de fortalecimento da UBM, que, articulada em todo país, amplia a sua representatividade em prol dos direitos das mulheres.
"Este 8 de março tem um significado muito especial. Além de marcar os 80 anos da conquista do voto feminino, traz também a luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento com a participação das mulheres. A UBM se consolida nas atividades de massa com os movimentos sociais para procurar romper com a subrrepresentação nos espaços de poder. Por isso, lança o seu Manifesto “Mais Poder Político para as Mulheres”, entendendo que a nossa luta exigirá - do movimento emancipacionista que a UBM defende-, a materialização cotidiana do compromisso firmado historicamente de criar condições, no presente, para garantir as conquistas almejadas, na luta pela libertação das mulheres e do povo contra toda discriminação e por igualdade de direitos”, expõe Elza Campos.

Manifesto

No manifesto “8 de Março: Dia Internacional da Mulher - Mais Poder Político para as Mulheres!”, a entidade reafirma a importância da presença feminina na política brasileira. “As mulheres devem ser vereadoras, deputadas estaduais, deputadas federais, senadoras. Em 2012, mulheres com compromisso e coragem enfrentarão as eleições. E, para avançar a democracia, é necessário que muitas destas bravas e corajosas mulheres sejam eleitas. No Brasil, as mulheres se voltam para o século XXI, com a certeza de que temos que chegar muito mais longe, superando a subrepresentação política e nos mobilizando no centro das atividades partidárias, comunitárias, sindicais”, escrevem as ubmistas.
Também reforçam a luta pela garantia da reforma política, com financiamento público de campanha, garantia de coligações proporcionais e lista fechada com alternância de gênero e cumprimento da lei de 30% das cotas para candidaturas femininas, bem como a reforma da mídia, como meio de enfrentar a criminalização dos movimentos sociais e a banalização da imagem da mulher real.
A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 h, a aprovação do PL 4857/2011 - que garante igualdade salarial e de condições de trabalho entre homens e mulheres -, o fortalecimento do SUS com garantia de ampliação da rede de atendimento e respeito ao corpo e à diversidade das mulheres e, ainda, a garantia de redes de equipamentos sociais (creches, lavanderias, restaurantes populares, centros de convivência) também fazem parte das reivindicações da UBM que estão registradas no manifesto.

Aborto e Lei Maria da Penha

O Dia Internacional da Mulher deste ano também é uma data para reafirmar a luta em favor da legalização do aborto como forma de fazer cumprir a agenda dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres como um direito humano. Assim como a defesa intransigente da aplicação da Lei Maria da Penha nos atos de violência contra mulheres e meninas, com a instalação de delegacias especializadas, juizados especiais, centros de referência e casas abrigo. A cobrança da UBM é para a imediata aplicação e ampliação de políticas nessas áreas.
Por fim, as ubmistas querem que as várias instâncias do poder público assumam a responsabilidade sobre a implementação das políticas para as mulheres. Além disso, exigem a criação de mecanismos para fazer avançar a pauta de gênero, visando o cumprimento de todos os compromissos do Governo Dilma para com as mulheres. Para tanto, reivindicam a criação de secretarias de mulheres nos estados e municípios brasileiros como forma de incentivar e garantir a elaboração, execução e monitoramento dos Planos de Políticas para as Mulheres, a proteção de meninas e mulheres da exploração sexual comercial que faz vítimas cada vez mais jovens em nosso país e o fim de todo tipo de desigualdades e discriminações em relação às mulheres negras, indígenas, jovens, idosas, lésbicas, trabalhadoras rurais, trabalhadoras domésticas, com deficiência e soropositivas.

Confira o manifesto na íntegra aqui.

Fonte: UBM
Edição: Comunicação/Sinproesemma

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