Além dos baixos salários e as péssimas condições físicas das escolas no Brasil, trabalhadores em educação ainda sofrem com agressões físicas e verbais cometidas por gestores públicos. Em Nova Olinda, por exemplo, município localizado a 360 km de São Luís, o professor Marivaldo Almeida, que questionava a aplicação correta dos repasses federais da educação, foi agredido pelo prefeito Deomar Sobrinho (DEM).
O caso aconteceu no início deste mês, sexta-feira, 2, em frente ao gabinete do gestor, e foi denunciado, esta semana, à direção do Sinproesemma.
“Há meses venho tentando dialogar com a prefeitura”, conta o professor, que é coordenador do núcleo do Sinproesemma em Nova Olinda. Segundo Marivaldo, a intransigência de Deomar Sobrinho é tão grande que ele alega ser dono da sede administrativa municipal. Em um dos encontros, o prefeito chegou a expulsar o educador do órgão público. “Você não pode entrar aqui, só converso com quem eu quero”, teria afirmado o gestor, segundo Marivaldo.
No dia da agressão, o professor tentou entregar um ofício na prefeitura e convidou mais uma educadora da cidade para acompanha-lo até a sede do Executivo. Porém, quando aguardava o atendimento, sentando em um dos corredores que dá acesso ao gabinete, o trabalhador foi surpreendido pela fúria de Deomar Sobrinho. “Fui agredido pelo prefeito, a professora que estava ao meu lado ficou desesperada com a situação”, lembra.
Marivaldo Almeida dá aulas de matemática na Escola Sarney Costa. O educador está com medo de receber ameaças, por parte do gestor, diante da iniciativa de tê-lo denunciado publicamente. “Tenho filhos, trabalho durante o dia. Não sei o que pode acontecer comigo e minha família”, avalia.
A direção do Sinproesemma repudia a postura do prefeito e solicitou ao professor que envie ao sindicato uma cópia do boletim de ocorrência para que sejam tomadas providências contra a atitude do gestor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário