segunda-feira, 28 de março de 2011

MP deve investigar – UMES e Grêmios estudantis gastam mais que o Governo do Estado

As entidades estudantis do Estado do Maranhão, mostraram, nesta quinta-feira (24), que suas contas bancárias estão extremamente abarrotadas, após publicação de nota contra a greve dos professores do Estado, em tamanho fora do habitual. A Nota, que é assinada pela União Municipal dos Estudantes de São Luís (UMES) e mais vinte e sete (27) Grêmios Estudantis do interior do Estado, ocupa um espaço superior à ¼ de página, na capa dos jornais. Acontece, que um espaço como este, em qualquer jornal da capital, custa muito dinheiro. O assunto deve ser objeto de investigação do Ministério Público Estadual.

O valor para uma publicação deste porte é tão alto, que nem mesmo o Governo do Estado do Maranhão, que é o maior anunciante da imprensa escrita no Estado, se atreve a fazer publicações de editais ou anúncios como este, nas capas dos impressos diários de São Luís.
As entidades estudantis do Maranhão, sempre estiveram envolvidas em escândalos de corrupção. Em 2004, um protesto realizado na tarde do dia 09 de novembro, encabeçado pelo Comitê Contra a Corrupção no Movimento Estudantil, denunciando as irregularidades cometidas pelo presidente da União Maranhense de Estudantes Secundaristas (Umes), na época, Raimundo Penha, acabou em pancadaria quando manifestantes e membros da Umes se confrontaram em frente ao prédio da entidade.

A Umes de São Luís voltou a ser palco de escândalos e denúncias de corrupção, em 2007. Desta vez, o vice-presidente destituído da entidade, Diego Rodrigo, acusou o presidente, Wellington Gouveia, de ter usado a entidade para obter benefícios particulares. “Ele destituiu 10 membros da diretoria, tudo porque estávamos sendo contrários à omissão dele. Além disso, está usando a entidade”, delatou.

O Ministério Público do Estado deve fiscalizar as contas bancárias destes Grêmios Escolares, que geralmente vendem rifas e organizam bingos, para a arrecadação de fundos, mas que podem gastar mais em publicidade, que o Governo do Estado. As investigações do Ministério Público se justificam em razão dos muitos escândalos envolvendo os dirigentes de entidades estudantis do Maranhão.

O Quarto Poder

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