terça-feira, 22 de março de 2011

Muito professor doente

A cada mês, cerca de 900 servidores da rede pública de educação são afastados de suas funções regulares por tratamento de saúde, doença ocupacional e acidente em serviço. São, em média, 30 profissionais, por dia, que deixam as escolas e salas de aula para cuidar da saúde. Esse quantitativo toma proporções ainda maiores se forem analisados dados dos primeiros três meses do ano.

De janeiro a 10 de março de 2011, já foram concedidos mais de 103 mil dias de licença. Desse número, quase 30 mil dias dados a 2.441 professores e trabalhadores em educação foram motivados por problemas relacionados à saúde. A situação no quadro de profissionais da educação na rede pública de ensino é agravada pela ausência de um banco de profissionais que possa repor essas ausências. Quem também sofre com essa situação precária são os alunos que, na maioria dos casos, ficam sem aulas.

Para a subsecretária de Gestão dos Profissionais da Educação da Secretaria de Educação do DF, Patrícia Lacerda, o número de afastamentos está dentro da média de ocorrência nacional, no entanto, ainda está muito acima do esperado. Segundo o presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, o principal fato gerador das doenças profissionais são as condições de trabalho. Salas superlotadas, jornada intensa e falta de infraestrutura se destacam.

Isso, sem citar questões como baixo salário e segurança. Os professores sofrem uma sobrecarga muito grande e acabam exercendo diversos papéis, como de assistente social, psicólogo, orientador e mediador de conflitos, analisa Roberto Leão. Na Escola Classe 425, as aulas só se normalizaram esta semana, com a contratação de 13 professores l Mensalmente, 900 servidores são afastados de suas funções por questões de saúde. (Jornal de Brasília)

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