terça-feira, 21 de junho de 2011

Escola estadual em Sucupira: precariedade no meio do mato


O retrato do descaso do poder público estadual com a educação no Estado do Maranhão pode ser constatado na Unidade Estadual Prof. Nerine Lobão, localizada no município de Sucupira do Norte, no Leste Maranhense, região do Alto Itapecuru.

Uma pequena cidade, com pouco mais de dez mil habitantes, que possui quatro escolas estaduais de nível fundamental para atender 517 alunos, de acordo com dados do IBGE/2010. Porém, uma delas está esquecida dentro de um matagal, sem funcionamento e sem manutenção, uma situação de total abandono.

As imagens do descaso foram captadas por diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) que estiveram no município, recentemente, para uma visita ao núcleo sindical. Segundo dados dos professores da rede pública de Sucupira, a escola está fechada há mais de cinco anos. Além do mato ao redor da unidade e dos sinais de precariedade no muro e nas paredes externas, os educadores informam que o interior do prédio também está em processo de deterioração.
Reuniões

O SINPROESEMMA foi aos municípios de Sucupira, São Félix e Balsas para reunir com os profissionais de educação das cidades, atendendo convites dos núcleos que representam o sindicato nos municípios. O secretário de comunicação do SINPROESEMMA, professor Júlio Guterres, representou a entidade nas reuniões, onde foram abordadas questões como o andamento das negociações com o governo do Estado referente ao calendário escolar, a participação dos três municípios na recente greve dos educadores e os planos de carreiras dos profissionais de educação das respectivas redes municipais.


Reformulação de Planos de Carreira


Nos municípios visitados, foi detectada a necessidade de reformulação dos Planos de Carreira, que foram elaborados sem participação dos profissionais de educação das redes municipais. Em São Félix, por exemplo, o vencimento do professor é de apenas R$ 594,00 e com previsão de apenas 5% de gratificação adicional para os trabalhadores que possuem pós-graduação.

Os documentos serão avaliados pela direção do sindicato, que irá propor alterações aos planos para, posteriormente, serem submetidos à avaliação, sendo que desta vez com ampla participação dos profissionais de educação dos municípios.

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