quarta-feira, 13 de abril de 2011

Deputados governistas na AL dificultam solução para greve dos professores

Ocorreu nesta terça-feira (12), na Sala das Comissões da Assembléia Legislativa, uma reunião da Comissão de Educação daquela Casa com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Simproesemma). As discussões giraram em torno da greve geral da categoria que atingiu 43 dias de paralisação.
Os professores se puseram a disposição da Assembléia e ratificaram sua disposição em negociar com o estado. Alegaram, no entanto, que para que isso ocorresse era necessário que o governo respeitasse a Lei do Piso sancionada pelo ex-presidente Lula e recentemente considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
Os professores manifestaram, ainda, a disposição em buscar diretamente com a Secretária de Educação Olga Simão uma saída para o impasse.
A base governista, liderada pelo presidente da Comissão de Educação deputado César Pires (DEM) e pelo futuro secretário de Juventude, deputado Roberto Costa (PMDB) inviabilizaram o diálogo entre a categoria e o governo. Com o voto dos dois parlamentares, mais o de minerva do deputado André Fufuca (PSDB), foi rejeitado o pedido feito pelo deputado Luciano Leitoa (PSB), acompanhado pelo deputado Bira do Pindaré (PT), de uma convocação para que os secretários de Educação e Planejamento apresentassem uma contraproposta que contemplasse os professores.
Em busca de uma solução, o deputado tucano André Fufuca sugeriu que os parlamentares visitassem a Secretária juntamente com os representantes do SIMPROESEMMA.
Neste momento a base governista se dividiu, uma vez que Roberto Costa e César Pires mantiveram-se irredutíveis na postura de evitar o encontro entre as partes interessadas. Alegaram que não poderiam impor à secretária que ela recebesse os representantes docentes. Estiveram presentes ainda a reunião os deputados Rubens Junior (PCdoB), Cleide Coutinho (PSB), Carlinhos Amorim (PDT) e Valéria Macedo (PDT).
Com o impasse gerado e buscando preservar a imagem do governo, o deputado César Pires encerrou a reunião obtendo, como encaminhamento, apenas a possibilidade de uma reunião entre os parlamentares e a secretária. Isto tudo sem garantias de data, local e, muito menos, dos participantes.
A Assembléia através da comissão de educação teve a oportunidade de dar uma grande contribuição no sentido de por fim a greve dos professores aprovando a proposta que pretendia convocar a secretária de Educação a ir a Casa dialogar com os educadores. O governo afirma que é o sindicato que não quer acordo, mas na verdade membros do próprio governo na Assembleia evitam uma conversa institucional entre as partes.

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