terça-feira, 12 de abril de 2011

Sem proposta do governo, educadores ratificam manutenção da greve


Em mais uma reunião de avaliação do movimento grevista, os trabalhadores de educação do Estado ratificaram a posição de manter a greve por tempo indeterminado até que as partes – governo e categoria - cheguem a um acordo.
 
Os educadores lotaram o auditório da Fecomercio, na manhã desta segunda-feira (11), onde além de confirmar a continuidade do movimento, organizaram uma nova agenda de atividades, que inclui um ato público na Assembléia Legislativa, nesta terça-feira (12), a partir das 8h, e mais um grande ato público para a próxima quinta-feira (14), com a participação de trabalhadores do interior do estado. A idéia é, mais uma vez, chamar a atenção da opinião pública para a má vontade do governo em apresentar à categoria uma proposta concreta que possibilite um desfecho para o movimento.
 
“Só queremos que o governo nos apresente uma proposta que atenda à nossa pauta de 22 reivindicações” – defenderam todos os educadores que avaliaram o movimento grevista na reunião. “Não haverá corte de ponto e nem exoneração, tudo isso é terrorismo do governo. Com o corte de ponto, não tem reposição de aula e se não houver reposição de aula, quem perde são os alunos, além de impossibilitar o repasse de recursos financeiros, que depende do cumprimento de toda a carga horária prevista no ano letivo. Se houver corte, o governo terá, obrigatoriamente, que devolver o dinheiro dos professores, com a reposição de aulas. Portando não acreditem nessas ameaças terroristas do governo contra os professores”, explicou o diretor de Comunicação do sindicato Júlio Guterrres.


Governo força retorno às aulas, mesmo sem professores para dar aulas


Numa tentativa de desmontar o movimento grevista, o governo afirmou, em nota, que as aulas reiniciariam em todas as escolas do estado. Mas não foi o que constataram os trabalhadores em greve, que foram às escolas, nesta segunda, para conversar com a comunidade escolar sobre os justos motivos de paralisação da categoria.
 
O Liceu Maranhense, por exemplo, escola tradicional da rede estadual de ensino, funcionava precariamente, pois a maioria dos professores estava do lado de fora, fortalecendo o movimento. Segundo os educadores em greve e os diretores do sindicato, os professores do Liceu continuam atuantes no movimento grevista e a sala de aula em funcionamento, divulgada na internet, é um faz de conta - um cenário montado pela Seduc para mostrar na televisão que os professores voltaram ao trabalho.
 
“Mas a greve continua, firme e forte, até chegarmos a um acordo, que depende da iniciativa do governo em apresentar uma proposta de atendimento das reivindicações da categoria. É por isso que estamos lutando”, defendeu o presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, que participou de quatro assembléias em regiões do interior do estado (Barra do Corda, Tuntum, Pedreiras e Presidente Dutra) e em todas houve decisão unânime pela greve.
 

Enganação


A direção do sindicato solicita a compreensão dos pais de alunos para a luta dos professores, que é pela educação de qualidade para toda a sociedade. A luta dos professores é a mesma dos pais e dos estudantes, pois além de melhores salários, para melhor atender os alunos, os educadores querem uma escola funcionando com boa qualidade. E fazem um apelo para que não mandem seus filhos para as escolas, pois, ao contrário do que prega o governo, não há aulas no momento, de verdade, somente enganação daqueles que não querem melhorias nas escolas estaduais.
 
Reunião dos educadores

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