quarta-feira, 11 de maio de 2011

Como profissionalizar sem educação, Roseana?


É estranho e paradoxal ouvir o governo Roseana Sarney falar em qualificação de mão-de-obra neste momento, quando mais de 500 mil estudantes da rede pública de ensino estão sem aulas há mais de dois meses.
A iniciativa seria até louvável se os estudantes da rede estadual não tivessem sendo prejudicados pela falta de comprometimento da governadora Roseana Sarney com a educação média, indispensável para quem pensa em ingressar no mercado de trabalho.
Não se pode pensar em qualificação profissional sem que políticas públicas de valorização do professor sejam implantadas.
Não se pode falar em qualificação sem que o governo tenha a sensibilidade de atender as necessidades do ensino médio – etapa fundamental na educação de qualquer profissional.
Hoje, enquanto a governadora apresentava o tal programa Maranhão Profissional, milhares de professores e alunos protestavam do lado de fora exigindo que o governo atendesse a reinvindicação dos educadores e acabasse com a greve; Do outro lado, alguns “jovens baderneiros” protestavam contra os professores ao som de “levanta a tromba”, provavelmente patrocinados pela Secretaria da Juventude.
O “Maranhão Profissional” chega com a promessa de qualificar mão-de-obra para 300 mil pessoas nos próximos cinco anos. Porém, neste momento, quase o dobro dessa quantidade de pessoas dependem de apenas uma iniciativa da governadora Roseana para terminarem o ensino médio e chegarem, talvez, a uma faculdade.
Sem priorizar o ensino médio, o programa “Maranhão Profissional” não passará de demagogia. Pura e simples!

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