quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Greve e Seus Ensinamentos


Por Julio Pinheiro

          Os fatos falam por si. Após 78 dias de intensa disputa com o governo mais covarde da história, enfrentando toda a beligerância, a categoria sentiu o peso do braço do grupo Sarney, na justiça, na mídia e na estrutura estatal, mas bravamente resistiu como heróis do povo, sem invejar nem um mártir das causas mais nobres de nosso povo.
          A Educação se ressente de vontade política. Isso ficou comprovado no gesto do governo nesses dois meses e meio de greve. Não arredaremos um só instante do objetivo de construção sólida da educação que o povo merece - educação socialmente justa e de qualidade, com viés inclusivo, como bem defendeu o mestre Paulo Freire.

          Não podemos negar o esforço diário nos quatro cantos do estado, de todos os militantes dessa causa: Direção dos Núcleos, Delegacias Regionais do Sindicato e Categoria em geral, que não vacilou quando foi convocada para defender direitos importantes que dignifica a nossa missão de educar.

          A nossa pauta foi bem apresentada por todos. O estatuto do educador, instrumento necessário para valorização dos educadores, precisa ser aprovado. O piso salarial precisa ser cumprido e todos os outros itens atendidos.

         Não faltou quem elogiasse o gesto de combate do sindicato, mas não faltou quem criticasse, com objetivos outros e longe da pauta em questão, a ponto de distorcer completamente os fatos, a fim de se locupletar com teses, cada vez mais claras para a categoria, das disputas que se dão pelo controle do Sindicato. O MRP consegue, com a venda covarde de seus membros, corromper idéias e pregar ilusão aos nossos mais destemidos educadores.

         Todos eles - a elite do MRP - pediram ao sindicato o final da greve por não ter coragem de enfrentar vozes contrárias. Em várias reuniões, o MRP queria uma desculpa para a desistência da luta, mas não assumiu isso para a categoria. Como sempre, é mais cômodo para eles deturpar a decisão de suspensão da greve e o estado de greve, que foi tomada, não pela direção do Sinproesemma, e sim pela categoria, que nas 16 regionais assim o decidiram e, por conseguinte, sofreram os ataques dos mais vis desses senhores, a exemplo da assembléia de São Luis, onde, covardemente, os companheiros do interior foram chamados de “gados” por membros do MRP.

          Tenho uma certeza: a luta vai continuar com a mesma clareza de sempre e sem ter nenhuma ilusão do nosso papel à frente deste combativo Sindicato.

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